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Exército Republicano Irlandês

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Exército Republicano Irlandês
Exército Republicano Irlandês
Datas Oficialmente:
1919–2005
Grupo dissidente:
1997–presente (Real IRA)
Ideologia Republicanismo irlandês
Nacionalismo irlandês
Irlanda Unida
Objetivos Unificação da Irlanda como um estado Republicano
Organização
Origem
étnica
Irlandeses Católicos
Sede  Irlanda
Área de
operações
Ilha da Irlanda e Grã-Bretanha
Efetivos
  • 100.000 em 1918
  • 1.000 a 14.500 entre 1922 a 1969
  • 30.000 no máximo entre 1969 a 1998
  • Não mais que 1.000 após 1998
Antecessor(es)
anterior
Exército Republicano Irlandês
Relação com outros grupos
Aliados República da Irlanda República da Irlanda (alegado; em especial nas décadas de 1960/1970)
Líbia Líbia
 União Soviética (para a facção marxista apenas)
 Estónia (alegado pelo FSB da Rússia na década de 1990)
Estado da Palestina Organização para a Libertação da Palestina
Euskadi Ta Askatasuna
Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia
Estados UnidosRepública da Irlanda Doadores privados americanos de origem irlandesa
Inimigos  Reino Unido
 Irlanda do Norte
República da Irlanda Estado Livre da Irlanda (1922-1937)
República da Irlanda República da Irlanda (a partir de 1937)
Milícias protestantes pró-Reino Unido
Conflitos
Guerra de Independência da Irlanda
Guerra Civil Irlandesa
Campanha de Sabotagem do IRA
Campanha do Norte do IRA
Campanha Fronteiriça do IRA
Conflito na Irlanda do Norte
Campanha Dissidente Republicana Irlandesa

O Exército Republicano Irlandês, mais conhecido por sua sigla em inglês, IRA (Irish Republican Army), é um conjunto de diversos grupos paramilitares irlandeses que, nos séculos XX e XXI, lutaram contra a influência Britânica na ilha da Irlanda. Recorria a métodos de guerra assimétrica, sendo frequentemente acusados de terrorismo, notório principalmente por ataques à bomba e emboscadas com armas de fogo, e tinha como alvos tradicionais protestantes, políticos unionistas e representantes do governo britânico. Na sua fundação, o IRA tinha ligações com outros grupos nacionalistas irlandeses e um braço político do partido Sinn Fein ("Nós Próprios", em irlandês). Sua ideologia variou ao longo do tempo, abrangendo republicanismo, nacionalismo, irredentismo, unionismo irlandês e separatismo com relação à Grã-Bretanha, incluindo também sectarismo e defesa da comunidade católica da Irlanda contra a minoria protestante (que eram vistos como lealistas em relação à Inglaterra).[1]

A Coluna Voadora do IRA no início da Década de 1920

O IRA não era um grupo sectário e afirmava ser aberto a todos os irlandeses, mas a esmagadora maioria dos seus membros eram católicos com quase nenhum protestante servindo como "membro ativo" do grupo.[2] O historiador Peter Hart escreveu, nos seus estudos sobre os membros do IRA, que apenas três protestantes serviram como "ativos" no movimento entre 1919 e 1921.[2] Dos 917 membros do IRA condenados pelos britânicos durante a Guerra de Independência da Irlanda, apenas um era protestante.[2] Embora a maioria esmagadora dos membros do IRA fossem católicos, havia de fato outras minorias (que eles chamavam de "pagãos"), como ateus e católicos não praticantes.[2] A maioria dos soldados do IRA eram irlandeses natos, mas havia também pessoas nascidas em outras regiões do Reino Unido.[2]

Na Irlanda do Norte, a principal função do IRA, durante o The Troubles, era defender a comunidade católica da violência sectária. Por esta razão, Peadar O'Donnell, um líder de esquerda do IRA que se opunha ao nacionalismo católico predominante dentro da organização, disse depreciativamente que "nós não temos um batalhão do IRA em Belfast, nós temos um batalhão de católicos armados". A partir de 1969, a violência sectária na Irlanda do Norte foi se acentuando, com o IRA perpetrando ataques contra alvos protestantes e, principalmente, defendendo a minoria católica por lá.[3] Esta minoria, que costumava ser maioria em todo o território irlandês, passou a encarar o catolicismo como símbolo de resistência contra a agressão britânica e como elemento comum para a reunificação da Irlanda.[4][5]

Em 28 de Julho de 2005, o IRA anuncia o fim da "luta armada" e a entrega de armas. O processo de entrega de armas terminou em 26 de Setembro de 2005. Todo o processo de desmantelo do armamento foi orientado pelo chefe da Comissão Internacional de Desarmamento, o general canadense John de Chastelain. Porém, grupos de dissidentes que não aceitavam a resolução pacífica da questão política continuam tentando realizar atentados terroristas, sem sucesso.[6][7]

Grupos intitulados por IRA após 1919

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Referências

  1. Henry Patterson, The Politics of Illusion; A Political History of the IRA (Serif, 1997) ISBN 978-1-897959-31-2
  2. a b c d e Hart, Peter (março de 1999). «The Social Structure of the Irish Republican Army, 1916-1923». The Historical Journal. 42 (1): 207 a 220 
  3. «December 2019: The Provisional Irish Republican Army». ORIGINS. Consultado em 20 de abril de 2020 
  4. Guedes, Yasmin de Oliveira; Luz, Isadora David; Zuquim, Raissa Monteiro Xavier; de Abreu, Stéfani Lino (30 de abril de 2019). «A influência das religiões católica e protestante no processo de criação da Irlanda do Norte como província do Reino Unido». Fronteira: 47-61. Consultado em 20 de abril de 2020 
  5. Costa, Leandro Loureiro. «Os resultados do Acordo de Belfast: As identidades e as decorrências do processo de paz na Irlanda do Norte». Revista NEIBA: 59-65. Consultado em 20 de abril de 2020 
  6. Estadão (24 de setembro de 2010). «Reino Unido eleva alerta de terrorista contra republicanos irlandeses». Internacional. Consultado em 5 março de 2014 
  7. Guerras Brasil Escola. «O IRA na atualidade». Consultado em 5 de março de 2014